31 de março de 2011

Eu preciso muito, muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando nem que seja muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor, você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone, basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você.
Caio Fernando Abreu

19 de março de 2011


Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar.


C.F.A

16 de março de 2011

Como diz o Leopoldo, dando créditos ao meu poeta preferido:

''Não tenho culpa se tudo o que vem de mim é assim. 
Se não te agrada, decerto não era pra ser assim.''

''Segundo alguns, era louca.Opinião de apáticos. Que jamais poderiam compreendê-la.''


Bukowski

Ahhh.. esse velho safado. Nos entendemos. 

15 de março de 2011



Então... contos. Tudo aqui.
Personagens

Capitu
Frodo
Dri
     Letícia
Flepa
Odilia


Personagens! Eu os criei. Acredite. 
E também, posso retirá-los daqui ou ... não. Deixarei todos!
Cada um com seu papel. Lindos, amados e permanentes. Só eu sei como. 
Palavras, doses de lucidez e de amor. Solidão. Tantos. Estamos aqui. Enfim. sós. (?)
Me distanciando... menos é mais.
Relações machucam. E digo com tanta assertividade, é com um vasto conhecimento de causa.
E mesmo assim, não desisto. Amo mais. Outra vez. Entre um suspiro, e um perdão, eu sigo.
Nada de lamento. Experiência!
Não é conversa mole... é que eu perdi o homem da minha vida, meu amigo, meu pai!  e isso me dói sempre que respiro. Daí, eu soube o que é sofrer. 

Amor pra nós. Todas nós. 
Mesmo que não seja o mais confortável pro confuso coração. Ame!

Lembrando que, TUDO que nos atrai, em algum momento, nos trai. Essa é a lei.
Talvez... sejam dias desleais.

“As pessoas feridas são as mais perigosas, pois sabem que podem sobreviver.” 

Dri

13 de março de 2011


Ei... você aí! vocês? Tanto faz.
Não me condene pelo seu penar.
Amor é aos poucos.
Ou nunca.
É constrangedor o lamento de alguém que 'teve' e 'perdeu'.
O silêncio é mais digno.
Não viver de restos, de sonhos que já foram demolidos.
Acorde!
Quem sou eu pra julgar ou medir o amor e o sofrimento de outra pessoa, então me diz, quem é você?
Pra suspirar pelo meu querer.
Pra envenenar meu doce.
Nada.
Tantos outros pequenos... timidamente calvos, estranhamente canalhas, virão?

Dri

Sem nome


Eu queria tanto que você viesse... penso tanto que quase acontece. Outra vez.
Você mente. Mente tão bonito, tão doce, que eu me traio acreditando em você.
Não por essas e outras do passado, mas por esse garoto tão amedrontado que mora dentro de você, que tambem lhe é estranho. Sei que está sozinho.
Atende minhas ligações na madrugada, e ainda me dá trela, pois sabe que como uma Rê Bordosa que se preze... regada por amor etílico, me derramo em declarações. E são tão sinceras como são as lágrimas que não deixo cair. Por medo, covardia e/ou ilusão. Sou boa nisso.

Dri